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Obesidade, um desafio para proprietários de cães e gatos

Veterinária dá dicas de como manter os animais de estimação em forma e chama atenção para os perigos do surgimento de doenças graves

Estima-se que 25% a 40% da população de cães e gatos no Brasil estejam acima do peso - Flickr/ CC – Elsie.esqEstima-se que 25% a 40% da população de cães e gatos no Brasil estejam acima do peso
Crédito: Flickr/ CC – Elsie.esq

Durante as duas últimas décadas, a ocorrência da obesidade aumentou de forma drástica. O problema atinge seres humanos e também seus animais de estimação. Estudos mostram que entre 25% e 40% dos cães e gatos adultos são obesos.

Apesar da crescente oferta de produtos e serviços voltados para a prevenção e tratamento do problema, os clínicos veterinários frequentemente enfrentam desafios para promover mudanças de hábitos que devem atingir diretamente não só a rotina do animal, mas do dono também. O novo papel do pet na sociedade e sua íntima convivência com o ser humano o tornam vulnerável ao estilo de vida e hábitos do proprietário, principalmente nos grandes centros urbanos.

Estudos científicos comprovam que existe uma correlação positiva entre donos obesos e pets também obesos, principalmente no caso dos cães. Quanto aos gatos, esta correlação é menos frequente devido à independência de seus hábitos, como as eventuais saídas à rua para passeio sem o acompanhamento do proprietário. Devemos lembrar, no entanto, que é crescente o número de gatos que vivem em apartamentos, castrados e com grande oferta de alimentos.

Assim, a prevenção da obesidade deve começar no dia a dia e é fator primordial para conter o avanço do problema. Abaixo alguns pontos que você mesmo pode observar na rotina do seu pet:

  • Fale sobre a prevenção da obesidade com o veterinário desde a consulta pediátrica. Pesar o filhote em todas as consultas iniciais e vacinações ajuda a acompanhar a curva de crescimento/ganho de peso. Informe-se sobre o peso máximo ideal que seu pet deverá atingir na idade adulta de acordo com a raça e porte. Caso ele seja de uma raça predisposta geneticamente à obesidade, redobre a atenção!
  • Sempre siga as quantidades de alimento indicadas pelo fabricante no rótulo das embalagens e divida a porção diária em pequenas refeições ao longo do dia.
  • Saiba que demonstrar amor na forma de companhia, brinquedos, brincadeiras e passeios contribuirá para a educação e sociabilização do seu amigo. Não estimule, assim, somente o uso de petiscos como forma de recompensa ou carinho.
  • Existem muitas doenças decorrentes da obesidade. Lembre-se que faz parte da posse responsável a manutenção da saúde do animal. A obesidade é uma doença que pode ter uma evolução grave, porém é uma das poucas doenças cuja prevenção depende exclusivamente de você!
  • Na ocasião da castração, peça orientação ao seu veterinário quanto aos cuidados com a restrição alimentar, pois a obesidade se instala rapidamente após o procedimento e seu tratamento exige maior tempo, paciência e esforço.
  • Biscoitos, bifinhos, e outros petiscos contêm calorias que colocam a perder todo o esforço em controlar o peso do animal, mesmo quando ele já está comendo um alimento de restrição calórica.

Confira um comparativo entre a porcentagem calórica correspondente de alguns petiscos na dieta de seres humanos e de cães e gatos normais, com relação à necessidade calórica total diária:

PetiscoHomem 70 kg
(2000 kcal/dia)
Cão 5 kg
(318 kcal/dia)
Cão 12 kg
(613 kcal/dia)
Gato castrado
5 kg c/ sobrepeso
(248 kcal/dia)
1 fatia de presunto 1% 6% 3% 7%
1 bolacha recheada 4% 23% 12% -
1 biscoito canino pequeno (9g) 1,4% 9% 5% -
1 bifinho canino (8,2g) 1,3% 8% 4% -
6 unidades de petiscos recheados para gatos (2,3g) 0,5% - - 4%

Fonte: PetMag/Uol - Publicado neste site em 03/03/2011

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