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Cães e gatos recorrem cada vez mais à acupunctura e outras terapias alternativas

Portugal

Há cada vez mais cães, gatos ou cavalos a receber tratamentos de acupunctura, quiroprática ou hidroterapia para aliviarem dores de velhice ou doença aguda, porque os donos nunca desistem dos seus melhores amigos e procuram alternativas à veterinária tradicional.


O pastor alemão Guss está com contracturas e tensões musculares. O pato de estimação Manchinhas tem artroses. O gato persa Leo sofre de obstrução urinária.

Todos estes animais de companhia estão a recuperar das suas enfermidades, usufruindo de tratamentos complementares à medicina veterinária tradicional, como por exemplo a acupunctura médica contemporânea, massagens terapêuticas, hidroterapia em tapete de marcha subaquática, cinesioterapia ou electroterapia.

Os donos dos animais de estimação com patologias neurológicas, ortopédicas ou musculares não se importam de pagar o que for necessário por uma sessão de acupunctura ou de hidroterapia para ajudarem a atenuar o sofrimento das moléstias dos seus animais.

“Decretar que o animal é velho e que não há mais nada a fazer para muitas pessoas não é a resposta definitiva e procuraram alternativas”, conta à Lusa Cátia Sá, médica veterinária e especialista em tratamentos complementares para animais de companhia.

A medicina veterinária está sempre a evoluir e há cada vez melhores opções de diagnóstico, melhores opções terapêuticas e cada vez temos mais proprietários que querem melhores opções para os seus animais”, explica aquela especialista, responsável pelo serviço de fisioterapia e reabilitação física animal da Clínica das Oliveiras, no Porto.

O maior bolo dos pacientes que recorre às terapias complementares, como a acupunctura, são os cães e os gatos, com idades mais avançadas e com problemas de artroses, conta a médica veterinária.

“Temos clientes do estrangeiro, como França, República Checa ou Angola e do país inteiro, principalmente do norte e do centro, que vêm referenciados de hospitais veterinários, clínicas veterinárias e da Universidade do Porto, refere.

A clínica também já ajudou pacientes como patos ou cavalos.

“Neste tipo de trabalho, as pessoas não olham ao dinheiro. É óbvio que há que criar condições para que seja exequível um tipo tratamento, como pacotes para fasear pagamentos, mas o único requisito é ser um dono preocupado e que adora o seu animal”, conta a médica veterinária.

Reiki, laserterapia ou massagens também são empregues

Com uma ou duas sessões já é possível saber se o animal é elegível para tratamentos como a acupunctura médica contemporânea, massagens terapêuticas, hidroterapia, cinesioterapia, electroterapia. Depois, a manutenção vai depender do carácter do animal, do feitio, da disponibilidade do dono e da patologia, explica Cátia Sá.

O francês Gilbert Larchez, dono do pastor alemão Guss, um cão com 47 quilos e com dois anos de idade, confessa que não se importa de pagar “qualquer preço” pelas terapias alternativas para ver o ser “melhor amigo” de boa saúde.

“Sempre fizemos tudo o que era necessário para o ajudar”, disse Gilbert Larchez, admitindo que Guss, que está a restabelecer-se da sua malformação, é como uma espécie de “filho”, “um amigo”, porque “com os homens temos muitas vezes problemas, mas com os animais as coisas correm melhor”.

Após a primeira sessão de acupunctura, o seu companheiro ficou mais alegre e dinâmico, admitiu Gilbert, uma das muitas pessoas que procuram terapias alternativas para os seus animais de estimação.

Reiki ou laserterapia são outros tratamentos frequentes nos consultórios veterinários portugueses.

Cão no Passeio de S. Lázaro

O congresso da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) deste ano, que vai decorrer entre 30 de Novembro e 01 de Dezembro, vai abordar temas como a reabilitação e a acupunctura, pois há cada vez mais animais a receberem estes tratamentos complementares, admitiu uma fonte da direcção da OMV.


Fonte: Porto24 - Publicado neste site em 19/06/2013


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