PORTUGAL
Deslizamento de terras, pessoas desaparecidas ou procura em escombros são alguns dos cenários em que os seis cães pertencentes à Unidade Canina de Salvamento (UCAS) de Leiria já atuaram.
Nos dias 3 e 4 de março, os animais, sob o olhar atento dos guias, colocaram em prática alguns dos novos exercícios de obediência, destreza, busca e salvamento do mais recente regulamento da FCI/IRO (Federação Cinológica Internacional/International Rescue Organization) – vertente escombros.
Os trabalhos decorreram no quartel dos Bombeiros Voluntários da Ortigosa e foram acompanhados por meia centena de bombeiros de corporações de todo o país, mas também espanhóis e franceses. “Esta participação só mostra que, em qualquer parte do mundo, é possível a atuação do binómio”, refere Frederico António, da UCAS de Leiria e membro do Clube Português de Canicultura, responsável pela organização das jornadas.
Até formar um cão com capacidade para realizar busca e salvamento, Frederico António explica que “é preciso muito tempo, paciência e trabalho”. E um treino contínuo. “O animal precisa de ser trabalhado, com frequência, para ser motivado e ir para o palco das operações com energia para conseguir obter os melhores resultados da intervenção”, afirma.
Formada desde 2002, a UCAS de Leiria já participou em operações de socorro em Portugal, com sucesso, mas o responsável alerta que nem todos os binómios homem-cão podem ir para o terreno. “Qualquer pessoa pode dizer que tem um cão capaz de agir com destreza suficiente para salvar alguém. No entanto, só os animais que conseguem cumprir as provas do regulamento podem atuar oficialmente e ser chamados para situações de busca e salvamento”, realça, referindo-se às “duplas” das UCAS com os bombeiros.
Marina Guerra
Fonte: Região de Leria - Publicado neste site em 16/03/2012