Animais de estimação de pessoas infectadas com coronavírus em Hong Kong ficarão em quarentena de 14 dias. A medida ocorre depois de exames feitos no cachorro de uma mulher doente apontaram resultados positivos, em níveis muito baixos, de acordo com um porta-voz do Ministério da Agricultura, Pesca e Proteção Ambiental.
Segundo a agência de notícias AFP, o animal não apresenta sintomas e ainda será submetido a outros exames. Não há evidências de que animais domésticos possam ser infectados pelo vírus ou transmiti-lo aos humanos. Ainda assim, o ministério decidiu pelo isolamento dos pets de pacientes.
No caso desse cachorro, foram coletadas amostras na cavidade nasal e oral, mas as autoridades não informaram os motivos para fazer os testes. Sua tutora testou positivo para a doença na quinta-feira (27) e está em quarentena.
Nesta sexta, a OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou a ameaça internacional do coronavírus para muito alta. O aumento de casos e de países afetados causa preocupação, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade.
CÃES E GATOS
A epidemia do novo coronavírus tem se espalhado. Essa família de vírus, no entanto, já é bem conhecida no meio veterinário. Segundo o veterinário Marcelo Quinzani, da PetCare, o coronavírus canino causa diarreia em cães e o coronavírus felino causa peritonite, mas não são transmitidos aos seres humanos.
Para a coronavirose canina existe vacina –conhecida como V8 ou V10–, e a doença não requer muitos cuidados. No caso da coronavirose felina, que causa a peritonite infecciosa felina –a PIF–, não existe vacina, mas a doença é restrita a esses animais.