A identificação de um cão contaminado pela leishmaniose tem colocado os órgãos de Saúde em alerta máximo. A doença, nunca identificada na cidade em sua forma mais perigosa, pode afetar também os humanos e levar inclusive à morte.
O cão afetado pela doença está no distrito de Padre Nóbrega, que vem passando por uma série de bloqueios da divisão de zoonoses. O animal teve o diagnóstico positivo para a doença e a Saúde aguarda agora o resultado do exame que mostrará se a leishmaniose é cutânea (forma mais leve) ou visceral.
“Estamos fiscalizando, mas precisamos aguardar o resultado dos exames, sem o qual não podemos tomar nenhuma medida mais drástica. Caso o resultado seja positivo para leishmaniose visceral, muitos procedimentos como forma de barrar o avanço da doença precisarão ser efetuados”, explica o coordenador da divisão de zoonoses, Lupércio Garrido.
A coleta de sangue dos cães começou no início do ano em Marília, depois que o vetor da doença, o Phlebotomus, o mosquito-palha, foi identificado em circulação na cidade. Desde então, foram retiradas amostras de sangue de 78 animais que poderiam estar contaminados, mas todos os outros resultados foram negativos.
Se transmitida ao humano, a leishmaniose, em sua forma mais branda, pode causar lesões nas mucosas, como boca e nariz. Já na leishmaniose visceral são afetados órgãos internos, principalmente baço, fígado e medula óssea.
Alguns sintomas compatíveis com a leishmaniose são emagrecimento acentuado e lesões em torno de orelhas e olhos, mas apenas a ação do veterinário pode dar o diagnóstico mais preciso.