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Bando sequestra pets em zona nobre 
Polícia investiga quadrilha que cobra até R$ 3.000 de resgate por bichos de estimação

Belo Horizonte

ROUBO CAES
Público que vai à praça JK, no Sion, se preocupa com ocorrências

Uma quadrilha especializada em roubo e sequestro de bichos de estimação está agindo na região Centro-Sul da capital, conforme confirma a Polícia Civil. “A corporação tem recebido informações sobre uma quadrilha especializada no roubo de animais”, afirma o delegado Afrânio Vasconcelos, da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna. A Polícia Militar, no entanto, informou que ainda não tem balanço de casos nos últimos meses.

Um dos mais recentes ocorreu na manhã de abril, quando Paçoca, um cão schnauzer de 5 anos, foi levado em um Celta prata no bairro Luxemburgo. “Minha filha saiu para passear com ele e foi encurralada por dois homens armados. Ela não tinha nada, mas eles disseram que queriam só o cachorro”, diz a contadora Sandra Netto, 58.

Sandra conta que ouviu diversos casos parecidos depois que começou a procurar Paçoca. “As pessoas estão com medo até de levar o animal ao pet shop”, diz.

A contadora fez o boletim de ocorrência e entregou à polícia imagens da câmera de segurança do prédio, mas ainda não há sinal do animal. Ela acredita que, como um filhote da raça custa R$ 900 em média, Paçoca pode ter sido vendido a algum criador clandestino.

Caso similar ocorreu na Serra. No começo do ano, a advogada Juliana Lobato, 40, passou dias de apreensão depois que a cachorrinha da família, a pug Lola, 4, foi sequestrada. “A gente se apega como se fosse parte da família, meus ‘outros’ dois filhos (de 6 e 11 anos) estavam inconsoláveis”, diz.

Depois de espalhar cartazes pelo bairro e fazer campanha nas redes sociais, Juliana ofereceu a recompensa de R$ 500. “Uma semana depois, uma mulher apareceu na minha casa com a foto da Lola, paguei o resgate e recuperei meu animal”.

Novos hábitos. Outro caso de sequestro foi registrado no bairro Anchieta. “Há pouco tempo levaram o cachorro de uma conhecida, e ela pagou R$ 3.000 de resgate. Desde então a gente passou a tomar mais cuidado. Quando minha mãe ia ao banco, sempre deixava nossa vira-lata amarrada na porta, mas não faz mais isso”, conta a fisioterapeuta Diene Feitosa Pimental, 34.

Dicas de proteção
Coleira. Ao passear com seu cão, coloque nele guia, coleira e uma placa de identificação, com dados do proprietário.

Atenção. Fique perto do animal quando o levar para brincar em praças. 


Fonte: O Tempo - Publicado neste site em 07/08/2014


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