Dicas para (re)educar o seu cachorrinho
Maria Eduarda buscou o adestramento para Kevin, um Shitzu de um ano, fizesse suas necessidades no local indicado por sua dona. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
A relação entre tutor e seu pet é baseada sobretudo no afeto. No entanto, em certas situações, é necessário pulso firme para que o animal atenda aos comandos de seu dono. Agir com violência não é a melhor maneira de educar, mas ignorar certas atitudes pode condicioná-lo da maneira errada. Confira os motivos pode causar a desobediência entre os animais.
A economista Paula Barros, 30 anos, não sabe o que fazer para que sua cadela Fiona, sem reça definida, lhe obedeça. Com um ano, a cachorrinha late freneticamente e não atende quando sua tutora pede para parar. Como está grávida e nas últimas semanas de gestação, Paula Barros logo terá um recém-nascido em casa e, angustiada com a situação, pediu ajuda ao Pernambuco.cão.
Situações inevitáveis como encontro com pessoas estranhas, crianças brincando ou o som de uma porta abrindo, são motivos suficientes para Fiona latir. Paula conta que ela é agitada, alegre e brincalhona e não late frequentemente, mas quando isso acontece, não obedece. “Em alguns momentos mandamos e ela não obedece. Já tentamos de tudo. Reclamamos, já usei um spray cujo cheiro e barulho incomodam, mas é caro para usar direto. Oferecemos também alguma comidinha para ela parar, mas nem sempre funciona”, conta. Em outros momentos, como nas caminhadas que faz raramente, a economista afirma que a cadela é obediente.
Segundo a veterinária e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Roseana Diniz, o fator principal que pode levar um cão a latir freneticamente e não obedecer é a educação (ou a falta dela), mas algumas atitudes imediatas podem ajudar. “É importante que jamais se use a violência. Ignorar também não adianta, porque ele vai continuar de latindo, então uma opção imediata pode ser o castigo. Isolando o animal em um ambiente, ele vai latir inicialmente, mas com o tempo vai cansar. Então, quando ele parar, é importante parabenizá-lo e deixar ele solto'.
Além das soluções a curto prazo, o recondicionamento pode facilitar para que o cão seja reeducado. “A educação é o que mais pesa. Se ele late e não para, é porque foi condicionado de maneira errada e a solução é reeducá-lo. Os recondicionamentos podem ser através de terapias integrativas, florais, homeopatia, acupuntura, fitoterapia ou adestramento'.
Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Depois de procurar várias alternativas para que seu cão Kevin, um Shitzu de um ano, fizesse suas necessidades no local indicado por sua dona, a estudante de publicidade Maria Eduarda Queiroz, 20 anos, decidiu que a melhor solução seria o adestramento. 'Todos na minha casa sempre foram loucos por Kevin, então ninguém tinha coragem de brigar quando ele fazia algo de errado, ou até mesmo aplicar um castigo se fosse necessário. Então procuramos ajuda para poder educá-lo da melhor forma'.
De acordo com a veterinária, esse caso também é consequência da educação, mas não pode ser tratado da mesma maneira. 'Ao fazer suas necessidades, vários fatores são levados em consideração, como a marcação territorial, a dominância, escolha do local, então não se deve tentar educar com violência ou castigo. É necessário um processo educacional desde o início, com atenção e cuidado', explica.
Eduarda conta que após o recondicionamento o resultado veio rápido. 'A convivência que já era maravilhosa, se tornou ainda mais agradável. Por incrível que pareça, na segunda semana de adestramento, Kevin já fazia no lugar que nós determinamos! Podíamos estar brincando com ele no quarto com a porta fechada que ele ia até a porta, ficava arranhando até a gente abrir para ele usar o seu ''banheiro''.