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Uso de bichos para ajudar crianças a diminuir sintomas de algumas doenças ou transtornos
Manaus, 15 de Maio de 2011
Muitos pais sabem que, às vezes, a melhor companhia para uma criança é um animalzinho de estimação. Mas, em alguns casos, a presença de animais se torna quase obrigatória - principalmente quando é indicada por médicos. A zooterapia vem crescendo em Manaus, por ganhar cada vez mais adeptos.
Luís Carlos Fish, hoje com 13 anos, aos 11 era uma criança extremamente estressada e, por conta disso, desenvolveu uma asma emocional. Por recomendação do pediatra, a mãe do estudante comprou um cachorro. “Fomos a uma feira de adoção, mas o Luis se apaixonou pelo Charlie desde o momento em que o viu. Hoje eles são inseparáveis, para onde um vai, o outro segue”, disse a empresária Caroline Fish, 39.
Charlie é um cachorro da raça beagle e tem até pedigree. Ele foi adestrado, é calmo, tem um andar engraçado, é dócil e, por ser um dos melhores espécimes de sua ninhada, quase não foi parar nos braços do estudante Luís Carlos, 13. “Foi uma loucura, porque o Luís Carlos viu o Charlie e se apaixonou. O veterinário quase não quis nos vender, mas insistimos e conseguimos levá-lo para casa”, lembrou a empresária. A chegada do cachorro foi aliada à prática de esportes. “Mas a gente percebe que o Luís melhorou muito por causa da companhia do Charlie. Eles passam horas brincando, e eu já não vejo um resquício de estresse no meu filho”, relatou a mãe.
Equoterapia
Mas não são só cachorros que podem ser usados nas zooterapias. Em Manaus, o Centro de Equoterapia Manaus (Cema), da Escola de Equitação Nissim Pazuello, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul, trata crianças, jovens e adultos com a terapia assistida com cavalos.
A fisioterapeuta Sigrid Ventilari, que trabalha no local, afirma que há a melhora visível em crianças que fazem equoterapia. “As crianças percebem a terapia como uma brincadeira, pois saímos daquele ambiente branco, sério, fechado”, disse.
A equoterapia é indicada, caso a caso, mas principalmente para crianças com paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, síndrome de Down e outras, além de crianças com dificuldade da aprendizagem ou linguagem, hiperatividade, autismo, estresse, depressão e alterações cardiovasculares e ortopédicas. “Cada sessão equoterapêutica tem duração de 30 minutos, e o praticante terá oportunidade de desenvolver diversas habilidades motoras e centenas de deslocamentos específicos para se manter na posição montada correta”, explicou a profissional.
Fonte: A Crítica - Publicado neste site em 17/05/2011