O Ministério da Saúde importou 10 milhões de doses para vacinar cães e gatos contra a raiva. A compra emergencial foi feita para não atrasar a imunização dos animais nos estados com risco de registro da doença.
De acordo com o ministério, a pasta requisitou novos testes da vacina produzida pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), responsável por fornecer 32 milhões de doses. As análises foram solicitadas para evitar mortes e reações adversas nos animais como em 2010, quando foram notificados 637 casos. Do total, 41,6% foram mortes ou alergias graves, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na época, a vacina era fabricada pelo laboratório Bio-Vet, proibida de ser usada na campanha deste ano.
Com os novos testes, o Tecpar atrasou o fornecimento das doses, que deveriam ter sido entregues às secretarias estaduais de Saúde a partir de maio.
O ministério definiu estados com preferência para receber a vacina importada. Os primeiros foram o Ceará e o Maranhão, que registraram casos de raiva humana no ano passado e em 2011, respectivamente.
Os demais são Pernambuco, o Pará, o Piauí, o Rio Grande do Norte, a Paraíba, a Bahia, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso do Sul, por terem notificado casos de raiva canina nos últimos três anos.
A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%.
O Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os únicos estados que ficam de fora da vacinação, pois não registram a circulação do vírus da raiva.