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Universo felino: verdades e mitos sobre a criação de gatos

O Jymm é o primeiro gato da Gabriella Freitas. A estudante de Design tem o bichinho há 4 anos e afirma que gatos não precisam de muita atenção
O Jymm é o primeiro gato da Gabriella Freitas. A estudante de Design tem o bichinho há 4 anos (Márcio Silva)

Ao longo dos anos, o dom de afastar os roedores levou os gatos para dentro das casas, mas, atualmente, eles aposentaram-se como caçadores e assumiram o papel de simples companheiros de seus donos

Quando notaram que os gatos eram a solução para controlar a grande população de ratos, os egípcios passaram a tratar os bichanos como verdadeiras divindades. Para homenagear os felinos, foram construídas pirâmides e estátuas.

Ao longo dos anos, o dom de afastar os roedores levou os gatos para dentro das casas, mas, atualmente, eles aposentaram-se como caçadores e assumiram o papel de simples companheiros de seus donos.

“Brincam, comem e dormem, os gatos não foram feitos para fazer nada mais. Eles amam seus donos, apesar de não pularem neles nem abanarem os rabo, como fazem os cachorros”, explica o veterinário Akel Cavalcante, da clínica Prontovet.

Preguiçosos

A mais famosa criação do cartunista Jim Davis, o Garfield, é um bom representante dos gatos modernos, aqueles que vivem em casa com seu dono e têm uma única função: serem fofos. Mas ele também apresenta características como comilão, egocêntrico, medroso, preguiçoso e mal humorado. Segundo dizem os donos, comparando com os gatos da vida real existem duas semelhanças: preguiçoso e comilão.

“A Mina não sai de casa, ela dorme e come muito”, conta Melissa Fonseca, a vendedora é dona de uma SRD (sem raça definida). “Mais de 16 gatos moram comigo, entre eles um da mesma raça do Garfield, um exótico red. Eles dormem muito, cerca de 18h diárias e são comilões sim”, diz Rute Barbosa, que junto com uma sócia é dona de um gatil, há mais de 20 anos.

O veterinário Sidney Emanuel, da clínica Polivet, explica o motivo para essa famosa indisposição. “Preguiça é coisa de gato castrado. Ficam sem vontade de fazer nada e a comilança é normal, mas varia de animal para animal”.

Independentes 

Quem gosta de um companheiro de quatro patas, mas não pode dedicar muito tempo ao animal, costuma optar pelo gato. Entretanto, segundo Cavalcante, esse pensamento é um engano. “Não é mais simples cuidar de um gato. De fato são mais independentes, por exemplo, se o dono não der comida ele é capaz de caçar. Mas precisam ser vacinados, vermifugados, fazer exercícios, além de comer, beber água e outras necessidades”, afirma.

O Jymm é o primeiro gato da Gabriella Freitas. A estudante de Design tem o bichinho há 4 anos e afirma que gatos não precisam de muita atenção. “Passo muito tempo fora de casa, mas me preocupo em trocar a água e dar comida duas vezes por dia, levar ao veterinário todo mês e como ele tem o pelo longo, preciso escovar toda semana”.

Castração

Muitos gatos saem de casa e depois de dias ou semanas voltam. Conforme afirmam os veterinários, eles fogem para reproduzir e normalmente retornam machucados porque brigaram para conquistar a fêmea. Por isso, a recomendação é castrar o animal, tanto machos como fêmeas. Além de resolver o problema das fugas, gatos castrados são mais calmos, meigos e sociáveis.

Gatos tem 7 vidas 

Bem que eles gostariam. Em alguns países no Hemisfério Norte, a lenda diz que eles tem até 9. Mas a verdade é que tem uma só, que dura em média 15 anos para gatos domésticos e apenas 2 para os de rua. Sempre caem em pé Esse é um dos mitos que deram origem à história acima. Mas a queda precisa ser de uma distância mínima de 60 centímetros do chão para que eles consigam se virar a tempo. 

E se for de uma altura muito grande, mesmo caindo sobre as quatro patas, eles podem se machucar.Gato preto dá azar Essa é uma lenda contraditória. Em boa parte do Ocidente, a partir da Idade Média, surgiu a crença de que cruzar com um na rua era azar na certa. No Japão e no Reino Unido, é considerado um bom sinal. Pelo menos para os gatos, pode ser mesmo muita sorte: uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde dos EUA sugere que o gene que dá a coloração preta ao animal também seria responsável por torná-lo imune ao vírus do HIV felino.


Fonte: A Crítica - Publicado neste site em 10/06/2013



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