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A Polícia Civil instaurou um inquérito na terça-feira (18) para investigar a suspeita de que um cachorro ficou por quase duas horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Taubaté, no interior de São Paulo, na quinta (13). Segundo a denúncia, feita por familiares de uma paciente do hospital, uma médica levou o animal para a UTI dentro de uma casinha de cachorro. A profissional foi demitida na sexta-feira (14).
Segundo o delegado José Luiz Miglioli, do 1º Distrito Policial do município, o inquérito foi aberto para apurar a eventual extensão dos danos da presença do cachorro na UTI. “Vamos apurar se o animal proporcionou algum dano a alguém e em que parte do hospital ele ficou”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, os parentes da paciente e uma residente do hospital já prestaram depoimento até a tarde desta quarta. As pessoas que fizeram a denúncia afirmaram que viram uma médica passando por um corredor com a casinha de cachorro. Eles tiraram fotos, que foram anexadas ao inquérito. A residente, por sua vez, confirmou que o animal era da médica que já foi demitida do hospital.
Miglioli diss que a médica ainda não havia sido localizada até a tarde desta quarta para prestar depoimento.
Demissão
Segundo a diretora técnica do Hospital Universitário, Maria Auxiliadora Prolungatti César, o caso aconteceu na noite de quinta e a médica foi demitida na manhã de sexta. Ela afirmou que testemunhas disseram à direção que a médica entrou no quarto reservado para repouso dos médicos, dentro da área da UTI, com uma casinha de cachorro com um filhote dentro.
“A médica que estava de plantão entrou na UTI, no quarto de repouso para os médicos, com uma casinha de cachorro com um filhote. Entrou com o animal e permaneceu cerca de duas horas lá dentro, segundo nos contaram médicos residentes e enfermeiros”, disse Maria Auxiliadora. O hospital não dispõe de imagens de câmeras de segurança que comprovem o caso.
A médica demitida, que negou o ocorrido, prestava serviços no HU de Taubaté havia três meses. Nem o nome nem a idade dela foram divulgados e o caso foi comunicado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), segundo Maria Auxiliadora. O conselho ainda vai decidir se abre uma sindicância para apurar o caso.