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Cuidado com seu pet: veja cinco doenças que podem ser transmitidas pelos animais

Entre vírus, bactérias e parasitas, vale a atenção com o seu bichinho dentro de casa

Em tempos de coronavírus, a preocupação com a imunidade aumentou bastante, e qualquer anormalidade com o corpo já gera a sensação de que algo ruim está acontecendo. Mas as outras doenças seguem à solta e algumas delas podem ser transmitidas pelos nossos melhores amigos: os pets.

“Essas doenças podem ter origem em diferentes microorganismos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) e acontecem normalmente quando o animal é exposto a um ambiente sem higiene adequada, sem alimentação ou cuidados veterinários”, explica Ianei Carneiro, professora do curso de veterinária da UNIFACS.

A especialista ressalta que a melhor forma de previnir a contaminação dessas doenças é a higiene adequada, com a lavagem correta das mãos. Confira algumas das doenças que podem ser transmitidas pelos animais domésticos.

Vírus 

A raiva pode infectar tanto cães quanto gatos quando entram em contato com algum outro animal contaminado, geralmente o morcego. Essa doença ataca o sistema nervoso e é fatal, tanto para humanos quanto para outros animais. A forma mais comum de um ser humano ser infectado é ao ter contato com a saliva do animal, normalmente através da mordida.  O pet pode ser protegido através de vacina, que pode ser encontrada no SUS e também em clínicas veterinárias.  

O coronavírus é outra doença viral que foi alvo de muitas discussões nos últimos tempos, se afetaria ou não os animais domésticos. Sobre isso, a professora Ianei explica que ainda não existe comprovação de que os pets transmitam o Covid-19 para os humanos, mas que eles podem sim serem infectados se estão próximos a pessoas contaminadas. “O vírus pode se alojar nos pelos dos animais, por isso devemos protege-los e fazer o isolamento social também para eles”, elucida.  

Fungo 

A esporotricose é provocada pelo fungo do gênero Sporothrix, que se encontra em ambientes como casca de árvores, jardins e terra. A forma mais fácil de um humano ser contaminado é através do arranhão de um gato infectado, que é um animal muito sensível a este fungo. Essa doença causa lesões na pele e não possui vacina. Para evitar a contaminação dos gatos, Ianei defende o exercício da guarda responsável: “não deixar os gatos sozinhos pelas ruas, castrar o animal para reduzir as brigas por fêmea ou território e não acumular animais”.  

Bactéria 

A leptospirose geralmente atinge pessoas e animais que vivem em um ambiente sem saneamento básico. Pode acontecer em caso de contato direto com o rato ou através de água ou alimento contaminado pela urina dele. O cão vai adoecer, assim como os humanos. “Eles vão apresentar febre, ficar sem apetite, as mucosas vão ficar amarelas. E um quadro que exige atendimento veterinário imediato para salvar a vida do animal e evitar a contaminação de humanos”, acrescenta a professora. Existe vacina contra essa doença para os cães, mas não é oferecida pelo SUS, apenas em clínicas veterinárias.  

Parasita 

Os seres humanos podem ser infectados pela larva migrans através da pele ao ter contato com o solo. “Isso pode acontecer com crianças que põem a mão suja de terra na boca, andando descalço, sentando em areia ou brincando em parques sujos de fezes de animais abandonados”. Se manifesta desde uma lesão na pele até alterações nos olhos, fígado e pulmão. Não existe vacina para ela. “O que podemos fazer para evitar é controlar os vermes nos animais, fazendo exames de fezes e oferecendo o remédio adequado”, comenta Ianei.  

Toxoplasmose 

A toxoplasmose é uma doença bastante popular relacionada aos gatos. Mas apesar de os felinos serem os hospedeiros naturais, este animal não é o único responsável por transmiti-la aos humanos. As chances de isso acontecer são pequenas, já que só ocorre por duas semanas quando ainda são filhotes, caso infectados. Segundo a professora Ianei as chances de uma pessoa adquirir a doença ingerindo carne mal cozida de animais contaminados (bovinos, ovinos) ou consumindo alimentos crus (verduras, frutas e legumes) é muito mais alta. Apesar de a doença também ter possibilidade de transmissão da mãe para o bebê, Ianei garante que as gestantes não precisam ter medo dos gatos. 


Fonte: iBahia - Publicado neste site em 08/06/2020



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