Adestramento começa com os cachorros ainda
filhotes (Foto: reprodução/TV Integração)
O centro de treinamento recebe os cães ainda filhotes. No local, o adestramento é feito de forma progressiva. Primeiro, o cachorro é colocado em um rebanho manso, em um espaço pequeno. Quando o cão começa a evoluir, a área é ampliada. Aos poucos ele começa a responder aos comandos, os quais podem ser por apitos ou palavras. A arma utilizada pelo cachorro, no entanto, é apenas o olhar fixo e forte. “Costumamos dizer que os comandos são os apelidos dos movimentos dos cães. Então, simplesmente apelida os movimentos que eles fazem naturalmente. E a pessoa que vai conduzir o cão, aprenderá como conduzir o cão dela”, ressaltou o adestrador.
O tempo de adestramento varia de acordo com o animal. Em média de seis meses a um ano e meio. Um cachorro não adestrado custa a partir de R$ 2 mil. O curso, incluindo alimentação, soma R$ 400 mensais. No entanto, depois é visto como um profissional de luxo. Cada um – treinado – vale, em média, R$ 7 mil.
Alguns cães treinados na escola já foram enviados para várias partes do país. Entre eles estados como o Alagoas, onde são utilizados em rebanhos de cabras e ovelhas.
Em Minas Gerais, assim como em Goiás e Mato Grosso, a principal utilização é para pecuária. Um único cão consegue controlar uma boiada com 100 cabeças de gado. Uma economia considerável para o pecuarista. “Uma diária de um funcionário não é barata. Eu não tenho que pagar a diária do cão. Além de ser meu amigo, é meu funcionário”, pontuou o pecuarista.
O cão não recebe férias ou qualquer outro benefício trabalhista. Além disso, reduz a mão de obra. E apesar de parecer o contrário, o ‘profissional’ não machuca o rebanho. “Eles tentam empurrar ‘no olho’, mostrando que o cão manda na situação, que o cão é um predador e o boi vem a ter medo. Nunca tivemos problemas com animais machucados. Já tivemos casos de pessoas que se machucaram fazendo o serviço. Depois que vieram os cães melhorou muito. Meu próprio pai que era contra, não faz mais este serviço sem ter um cão ao lado dele”, encerrou Célio.
Fonte: G1 - Publicado neste site em 19/04/2013