A verminose Ancylostoma caninum é um problema típico que acomete muitos cãezinhos. Apesar de ser comum, o quadro da doença pode se agravar, causando complicações para o animal, que vão desde os incômodos sintomas até a possibilidade do óbito. Como de costume, a ajuda especializada é recomendada para diagnosticar e tratar o pet e alguns cuidados devem ser tomados.
Paulo Galvão, médico, socorreu seu cão Bento, um shih tzu de 2 anos e 7 meses, na última quarta-feira (10). “Na terça percebi que ele não estava querendo se alimentar e ele sempre se alimenta direito. Bento também tava parecendo meio triste, desanimado. Na quarta quando acordei fui até ele e percebi que tinham manchas de sangue pelos lugares em que ele costuma ficar pela casa”, conta. “Ele estava sangrando pelo reto”. Paulo explica que seu cão foi submetido a exames para verificar os danos internos e a possível presença de outros parasitas.
O cãozinho foi levado para uma clínica, onde foi submetido a exames para verificar os danos internos e a possível presença de outros parasitas. “Esse verme é comum durante o ano inteiro. Se não for tratado, é perigoso, principalmente se o quadro for gastrointestinal”, afirma Marco Granja, veterinário. Os sintomas da verminose são vômito, diarreia com sangue, anemia intensa e perfurações internas. Se o quadro for pulmonar, há também a presença de tosse seca.
Marco explica que é possível contrair o verme através da ingestão de água ou comida contaminada e que também há transmissão pela pele do animal. Por esse motivo, é necessária atenção redobrada. “Para que o cão não seja contaminado, é recomendado evitar áreas comuns para animais, como praias e gramados”. Como esse cuidado nem sempre é possível, outros pontos devem ser observados. “A vermifugação frequente e o consumo de água e comida de boa qualidade são necessários”.
A contaminação de Bento foi uma surpresa para o dono. “Ele vive num ambiente muito higiênico, se alimenta bem, recebe vacinas e vermifugação periódicas”, diz Paulo. Ele acredita que o cãozinho foi infestado durante algum de seus passeios diários.
A Ancystoloma se manifesta em até dois meses após o período de incubação, dependendo da imunidade do cão. O diagnóstico da doença se dá pela constatação de ovos do parasita nas fezes do animal ou por exames de sangue preventivos, que podem verificar a presença do parasita no organismo do cachorro.