Estudo norte-americano revela que animal de estimação, como o cão ou o gato, é um ótimo aliado contra o estresse
Estudo realizado pela Universidade Loyola, em Chicago, demonstra que acariciar um cachorro pode ajudar pacientes internados a reduzir pela metade a quantidade de analgésicos que eles precisam tomar. Cientistas norte-americanos já haviam revelado também que ter um animal é um ótimo aliado contra o estresse. Os donos dos bichos que participaram do estudo tinham a frequência cardíaca e a pressão arterial significativamente mais baixa se comparados com aqueles que não tinham animal de estimação.
Porém, é importante escolher um animal com menor potencial de desencadear alergias e saber a maneira correta de abrigá-lo. Isso porque pesquisas mostram também que 10% dos alérgicos são sensíveis a animais e esse número costuma ser maior entre os asmáticos.
Para o pediatra Luciano Borges Santiago, a convivência familiar com animais domésticos deve ser vista como algo saudável, inclusive com relação ao contato com crianças. “É bom para a criança ter esse contato. O que temos que ter sempre na medicina e na vida é o meio termo, ou seja, nem exageros nem ausência total. Crianças que são afastadas totalmente da poeira, sujeira e de animais, tendo uma higiene exagerada, podem caminhar para ter mais alergias. Já aquelas que são exageradamente expostas à sujeira, poeira e a animais, podem ter mais infecções. Então, temos que trabalhar o meio-termo”, alerta o médico.
Santiago esclarece que, para a criança, ter um animal de estimação é muito bom para o desenvolvimento de relacionamentos, da afetividade e da responsabilidade de cuidar desse animal. Para o pediatra, esse contato serve até como orientação educativa da sociedade, a partir da infância, a fim de evitar um problema comum nas cidades, que é o grande número de cães e gatos abandonados nas ruas.
Para evitar problemas como a transmissão de doenças ou o desenvolvimento de alergias, Luciano Borges Santiago ressalta que é fundamental o animal estar sempre bem cuidado e limpo. “O gato tem um pelo mais alergênico e geralmente causa mais alergia que o cão. Nos casos em que é preciso escolher um animal para quem sofre de alergias, preferiria que os pais escolhessem um cachorro”, opina. Mas para isso o pediatra destaca que o cão precisa ser bem cuidado, sendo limpo e vacinado, e a criança não pode ficar sozinha com o cachorro ou ter contato exagerado, como ser lambida no rosto ou dormir com ele. “Isso porque a criança não tem noção de limites. Diz-se que o cachorro não morde, mas mesmo ele sendo o melhor animal do mundo, se a criança resolver colocar o dedo dentro do olho dele, pode levar uma mordida de aviso”, frisa Santiago.
Outro ponto observado pelo pediatra é na hora de escolher raças cujo comportamento ou temperamento não seja agressivo, a exemplo do pitbull. “E o adulto deve estar sempre ao lado da criança que brinca com qualquer cão que seja”, orienta.
Fonte: JM Online - Publicado neste site em 30/10/2013