Um estudo publicado no site da revista médica British Medical Journal (BMJ), nesta segunda-feira (31/01), aponta que os cachorros são capazes de detectar câncer de intestino pelo olfato com grande nível de precisão, embora a doença precise estar na fase inicial.
Com base nas pesquisas, os autores revelam a existência de componentes químicos correspondentes aos tipos de câncer específicos que circulam pelo corpo humano e que um cão é capaz de farejar.
Isto abriria, conforme uma equipe de analistas do Departamento de Cirurgia da Universidade de Kyushu, no Japão, a possibilidade de desenvolver testes para detectar a doença antes de alcançar outras partes do corpo.
Para chegar a esta descoberta, foi feita uma experiência com um cachorro labrador adestrado, que realizou durante vários meses testes de olfato entre os quais o de farejar mostras de sedimentos dos participantes.
Em 6% dos testes, uma de cada dez das mostras de sedimentos procede de pessoas afetadas com outros problemas intestinais, como doenças inflamatórias do intestino, úlceras, diverticulite e apendicites.
O cachorro identificou com sucesso quais eram cancerígenas, e quais não eram, em 33 de 36 testes e em 37 de 38 verificações a partir de sedimentos, com as maiores taxas de detecção entre as extraídas das pessoas que tinham a doença na fase inicial.
Isto equivale, segundo o estudo, a 95% de precisão, em geral, para as mostras e 98% no caso das dos sedimentos, frente aos resultados obtidos pelas colonoscopias convencionais.
Os autores admitem que a utilização de cachorros para detecção de câncer é pouco prática e cara. Eles acreditam que essa descoberta abre caminho para desenvolver um sensor capaz identificar componentes específicos.
(Foto: Shutterstock)
Fonte Globo Rural - Publicado neste site em 01/02/2011