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Constantemente, a unidade atende um número próximo de sua capacidade máxima de 100 animais. A Zoonoses dispõe de oito canis coletivos, com capacidade para abrigar cinco cães cada, e 30 canis individuais, além de quatro gatis coletivos, também com capacidade para cinco gatos, e 14 gatis individuais.
Durante a feira realizada em 30 de abril foram doados apenas 12 animais, sendo sete filhotes de cães, quatro cachorros adultos e um filhote de gato. Ao todo, continuam disponíveis para adoção 75 cães e 16 gatos.
De acordo com a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Eliana Collucci, a situação pode se complicar ainda mais, já que o local tem recebido animais perigosos capturados pelo Corpo de Bombeiros e que devem ser isolados. Já são oito pit bulls que foram levados pelos bombeiros.
'Quando a corporação detecta que o animal apresenta perigo ao dono, imediatamente encaminha para a Zoonoses. O critério de avaliação deles é diferente do nosso. Vai chegar um ponto em que vamos ter que recusar esses animais trazidos pelos bombeiros”, disse. Para se chegar a uma solução, segundo Eliana, foi encaminhado um ofício para o secretário da Saúde solicitando uma reunião com o Corpo de Bombeiros.
Outro aspecto que preocupa é o abandono de ninhadas de filhotes em frente ao CCZ. “As pessoas deixam muitos filhotes aqui na porta da Zoonoses e não temos como recusar”. Para isso, está em processo de licitação a instalação de câmeras de monitoramento no local.
Para a presidente da ONG Associação Vida Animal (AVA), Maria Cristina Dias, existem três fatores que contribuem para esse crescimento populacional desordenado de animais em Ribeirão Preto. “Faltou o município ter uma campanha efetiva de castração em anos anteriores, responsabilidade dos proprietários - a conhecida “posse responsável” - e o comércio indiscriminado de animais”, explica.
A avaliação feita pela presidente da ONG Cãopaixão, Ana Cláudia Garcia Vicente, é a mesma. A situação da cidade é crítica. “A solução está sem dúvida na castração em massa de animais de rua e em feiras de adoção. O poder público tem que realizar campanhas com maior número de castrações.”
A representante da ONG Murilo Pretinho, Flávia Fernanda Frederico, acredita que outros fatores têm que ser levados em consideração, como a conscientização de que os animais são como os seres humanos e que para combater a impunidade é preciso denunciar. “Temos uma delegacia especializada em Ribeirão. É preciso que a comunidade perca o medo de denunciar.”
Delegacia
Criada em 25 de outubro de 2010, a Delegacia de Proteção de Animais funciona na Rua Goiás, 656, nos Campos Elíseos. O local recebe denúncias de pessoas que infringem o artigo 32 da Lei n.º 9.605, que protege os animais de atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, sob pena do infrator sofrer detenção de três meses a um ano, inclusive multa.
São considerados maus-tratos, entre outras coisas, abandonar, espancar, envenenar, não dar comida diariamente, manter animais domésticos presos em corrente, local sujo ou pequeno demais.
Eventos
Neste sábado (7), o CCZ realiza mais uma feira de adoção na sede do local, que fica na Avenida Eduardo Andréa Matarazzo. A feira acontece das 9h às 15h. Todos os animais estão vermifugados, vacinados e alguns castrados. Os interessados em adotar um animal podem agendar uma visita na Zoonoses pelo telefone (16) 3628-2015. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.
Já a ONG Cãopaixão realiza um bazar beneficente do Dia das Mães, das 9 às 17h, na Avenida Presidente Vargas. Todo dinheiro arrecadado será revertido para os animais acolhidos pela entidade.
Serviço
Feira de adoção do CCZ
Local: Avenida Eduardo Andréa Matarazzo, 4255, Marincek – Ribeirão Preto
Data: 7 de maio (sábado)
Horário: 9h às 15h
Informações: (16) 3628-2015
Bazar ONG Cãopaixão
Local: Avenida Presidente Vargas, 1710 – Ribeirão Preto
Data: 7 de maio (sábado)
Horário: 9h às 17h
Informações: site da Cãopaixão
Fonte: EP Ribeirão - Publciado neste site em 04/05/2011