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Reunião na Câmara debateu sobre mortes no Centro de Zoonoses de Araraquara
Mais de 9 mil animais foram eutanasiados no Centro de Zoonoses de Araraquara nos últimos 11 anos, uma média de dois por dia. Os dados foram divulgados pela administração do Centro ontem, durante reunião que debateu o tema dos cães e gatos sacrificados no local. A polêmica começou há duas semanas, após a morte do beagle Gabriel, sacrificado no local por ter sarna.
O relatório aponta que 20.285 animais foram recolhidos no período de 2001 a 2011. Destes, 9.189 foram sacrificados e 11.096 foram adotados ou resgatados pelos donos.
Segundo Raphael Dosualdo, gerente da Vigilância Sanitária, o número de mortes dos anos anteriores é grande pois a maioria dos animais recolhidos já estava em situação crítica. 'O índice de animais envenenados tem aumentado muito, então é difícil conseguir salvá-los.'
Além disso, há o problema da posse irresponsável, segundo ele.
Até 2008, não existia a captura seletiva de animais na cidade e qualquer cão ou gato que estivesse na rua poderia ser recolhido e levado ao Centro. Hoje, segundo o gestor do Centro, Toni Emerson Alves de Souza, somente animais que apresentem algum risco para a sociedade, invadam casas ou se portem de maneira agressiva devem ser recolhidos.
Mudanças
Ontem, a direção do Centro de Zoonoses anunciou ter aumentado o rigor para a eutanásia de animais. Até quinta-feira passada, a autorização do veterinário responsável resolvia o caso. Agora, é preciso o aval de três veterinários para sacrificar um animal — do médico responsável, que agora é Gustavo Alexandre Cavalhieri, substituto de Ana Bel Jacqueline Martins da Silva, afastada após o caso do beagle Gabriel; de Alexandre Rizzo, da Secretaria de Meio Ambiente; e de Rafael Dosualdo, da Vigilância Sanitária.
Na semana passada, segundo o gestor Toni Emerson, dois gatos e um cachorro da raça cocker foram sacrificados. Os gatos haviam sido envenenados e o cachorro tinha idade avançada e estava com hemorragia.