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Dante Mendonça junto ao túmulo do Rin-tin-tin. |
(Paris) Sem a mesma fama e charme do cemitério do Père-Lachaise, o mais famoso no mundo dos bípedes, o Cemitério de Cães de Paris (Cimitière des Chiens D'Asnières-sur-Seine) tem para os curitibanos um atrativo muito especial: seu portão de entrada é igual ao do nosso Passeio Público, obra construída em 1910. O desenho do portão de Asnières muito impressionara o então prefeito de Curitiba, Cândido de Abreu, que determinou sua construção.
O portão original francês, igual ao do Passeio Público. |
Situada a Nordeste de Paris, sobre a margem esquerda do Sena, a 'ville' d`Asnières-sur-Seine foi, no século XIX, um destino dominical privilegiado para os parisienses, em termos de espaço verde e de distrações. Aproveitando-se de uma lei de 1898, determinando o enterro dos animais em fossas, Georges Harmois e Marguerite Durand criaram, dia 2 de maio de 1899, a 'Societé Française Anonyme du Cimetière pour Chiens et autres Animaux Domestiques'. Esse cemitério, o primeiro do gênero, foi aberto ao público no fim do verão de 1899 e a necrópole é dividida em quatro quarteirões: dos cães, dos gatos, dos pássaros e dos outros animais, sendo que na entrada foi enterrado o cavalo da famosa atriz e jornalista Marguerite Durand e um pouco mais adiante está o túmulo do pastor alemão Rin-tin-tin, o astro de cinema que nasceu na França (1918) e morreu em Los Angeles (1932), mas ganhou concorrido féretro em Asnières-sur-Seine.
O renomado arquiteto parisiense Eugène Petit foi encarregado de desenhar a entrada do cemitério. Ele concebeu o portal de estilo art-nouveau, flanqueado de duas portas para a passagem dos pedestres. O mesmo portal do nosso Passeio Público, que felizmente nos recebe para visitar animais ainda vivos. Além dos bípedes que são tratados a bolinho de arroz no Bar do Passeio, antigo Bar do Pasquale.