Cães vítimas de criadouro são resgatados à beira da morte
Olhem bem para estas fotos. Elas foram feitas há pouco mais que uma semana. As cachorras ainda correm risco de morte.
Dez animais, sendo oito goldens retrievers e uma cocker cega, vítimas da exploração de criadouros, foram resgatados famintos e à beira da morte em Piedade, no interior de São Paulo.
Cinco delas ainda estão em estado gravíssimo. Elas eram usadas para reprodução. Sim, para gerar filhotinhos a serem vendidos.
Todas são meninas, estavam doentes e cheias de carrapatos. Uma delas, a da foto, pesava 18 quilos, quando um cão do porte dela chega a pesar 50.
Sabe aquele filhote fofinho que você compra no pet shop? Na maioria das vezes, ele é filho de uma cachorra sofrida como essa. Cadelas que vivem só para parir.
As cachorras sofrem a vida toda para reproduzir inúmeras ninhadas. E quando já não podem mais ter bebês são descartadas para que morram. Nem comida ganham mais, afinal, não dão mais lucro.
Comprando, você colabora. Infelizmente.
Marcela Rhode Abate, a protetora que fez o resgate conta o horror que viu. No local ainda ficaram mais cães que ela não conseguiu resgatar.
— Não tinham água nem comida, estavam lotados de carrapatos, muito debilitados e alguns tinham bicheira. O mais grave é que os canis estavam forrados de fezes de ratos.
— É nojento e cruel esses criadouros... Lutamos tanto a favor dos animais e nos deparamos com cenas tão chocantes!
Quem quiser ajudar ou adotar um cão resgatado por ela pode escrever para o e-mail: marcelaabate@gmail.com
Demorou para o poder público olhar para isso. Não tem regra para a venda! É claro que há criadores sérios. Mas são poucos.
O ideal é não comprar, e sim, adotar. Mas se insiste em comprar, visite e investigue o local. Veja onde realmente são criados, se têm espaço e quem são os pais. Jamais compre em loja, pois lá ninguém nem sabe quem cria.
Certa está minha humana que me castrou desde pequenina.
Pouco mais de uma semana depois, com cuidado, amor e comida, os fofos já sorriram para as fotos, como se vê aqui:
Crédito da foto: Marcela Rhode Abate/ Divulgação