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No primeiro dia de primavera, o mundo celebra o Dia Mundial dos Gatos. Apesar de este animal habitar com os humanos há já muitos anos, este dia especial só se começou a assinalar em 2005. Em Moscou, decorreu uma iniciativa alusiva à data no Museu de Gatos, com apoio da ONU.
Cada fã deste animal de estimação tem seu próprio ritual de celebração. Na Grã-Bretanha, onde os gatos não só deliciam as pessoas com a sua presença, mas também estão ao serviço de Sua Majestade, celebram o feriado com grande pompa. Os gatos, que protegem dos ratos as relíquias do Museu Britânico, têm seu próprio uniforme especial, casas confortáveis e, a 1 de março, recebem pequenos presentes. Tal como os gatos britânicos, os “funcionários” de quatro patas austríacos que protegem os armazéns de grãos também recebem neste dia presentes especiais. Aqueles que já há vários anos guardam os armazéns alimentares, a 1 de março serão agraciados com um prêmio – uma “pensão” vitalícia que inclui leite, caldo e carne diariamente. Em alguns países são abertos parques para passear estes pequenos felinos, lojas e até hotéis especiais.
Não há nada de surpreendente no facto de as pessoas gostarem tanto de gatos, acredita o famoso treinador de gatos russo, Yuri Kuklatchev, afirmando que só graças a estes animais existe a humanidade:
“O gato salvou toda a humanidade. Está escrito nos manuscritos antigos de Israel que, quando Noé levou todos para a arca, todos os animais adormeceram. De repente um rato, estando com fome, começou a roer a parede. Este barulho acordou o gato e ele imediatamente comeu o rato. Assim, se não fosse o gato, teria acontecido um acidente, e todos nós, toda a humanidade, teríamos morrido afogados. Por isso, o gato é um herói”.
Esta foi a primeira, mas não a única história de como os gatos têm salvado pessoas de desastres iminentes. Nos tempos da Segunda Guerra Mundial, durante o cerco de Leninegrado pelos nazis, não havia gatos em toda a cidade e esta começou sendo dominada por ratos, que mordiam as pessoas e, especialmente, as crianças dormindo. E logo em abril de 1943 quando conseguiram romper um pouco o cerco, o Conselho Municipal de Leningrado publicou um decreto: “Trazer da região de Yaroslavl para Leninegrado quatro trens de gatos cinzentos”, que na altura eram considerados os melhores caçadores. Assim, a cidade foi salva.
Alguns gatos chegaram a entrar na história. Uma vez, Margaret Thatcher decidiu ter um gato e chamou-o Humphrey. Ele morava com ela na residência oficial até que Tony Blair se tornou o novo proprietário da casa em Downing Street. Blair não gostou do gato e simplesmente jogou-o fora. Depois desse episódio, o primeiro-ministro enfrentou uma chuva de acusações. O governo foi forçado a declarar o gato na lista de procurados e depois apresentar o animal bem vivo à sociedade. Apenas isso salvou a carreira de Blair.
No entanto, nem sempre os gatos atuam em “grande estilo”, afirma o diretor do Museu de Gatos de Moscou, Andrei Abramov:
“Quanto às habilidades únicas destes animais, há enorme número de histórias. Os gatos realmente curam, eles podem avisar a pessoa contra quaisquer ações e, assim, salvar-lhe a vida. Eles podem ainda ajudar a manter um bom relacionamento na família. Por exemplo, houve um caso em que o marido e a mulher não conseguiam decidir quem ficaria com o gato depois do divórcio e, em resultado, o próprio divórcio acabou ficando em segundo plano, sendo depois totalmente esquecido. Assim, os gatos são muito bons em tecer a felicidade doméstica”.
Cerca de 80% de pessoas no mundo têm um animal de estimação e metade deles são gatos. Durante muito tempo não era possível responder à pergunta: porque preferem as pessoas estes animais aos cães, considerados amigos do homem. Recentemente, a resposta foi encontrada. Os cientistas realizaram um estudo científico comparando os gatos e cães para descobrir qual deles é melhor companheiro do homem. O gato venceu em 5 categorias: desenvolvimento do cérebro, popularidade, comunicação com homem, capacidades de super-perceção e respeito pelo ambiente.