O novo coronavírus , que surgiu em Wuhan, na China, deixou o mundo inteiro assustado pelo seu poder de disseminação e pela quantidade de pessoas contaminadas que acabaram morrendo . Apesar de já estar mais controlada, a doença ainda é motivo de preocupação para muitos e uma das dúvidas frequentes é se o animal de estimação pode ser contaminado e passar o vírus para o dono.
Caroline Mouco, veterinária do Hospital Vet Popular, explica que cães e gatos podem sim ter coronavírus, mas não o tipo que se tronou uma epidemia recentemente. 'O coronavírus é apenas o nome de um vírus, seu sobrenome que difere a espécie acometida, transmissão, letalidade e caráter zoonótico. Os tipos asiáticos são o MERS e o SARS, já o canino é o CCoV e os felinos são o FECV e o FIPV ', afrima sobre as cepas do vírus.
Cães e gatos também podem ter coronavírus, mas a cepa do vírus é diferente
Assim, de acordo com a veterinária, nenhuma dono deve se preocupar, já que tanto o CCoV canino, quanto os FECV e FIPV felinos, não são transmissíveis aos seres humanos, apenas entre espécies. Além disso, as doenças nos animais já são muito conhecidas: veterinários sabem bem os sintomas, formas para o dignóstico e tratamento. A prevenção é feito por meio de vacinação e consultas frequentes ao veterinário.
A coronavirose canina , como a doença é chamada pelos veterinários, afeta principalmente o sistema digestório dos cães. Os principais sintomas são diarreia e vômito. Em fases mais avançadas o cachorro pode apresentar anorexia e desidratação. Quando não tratado ou diagnosticado, o cão pode ir a óbito.
O coronavírus felino também atinge o sistema digestivo, levando a uma gastrointerite crônica e causando diarreia. O grande problema da doença está na capacidade de mutação do vírus, o que causa a peritonite infecciosa felina (FIP), uma doença fatal. Seus principais sintomas são febre, vômitos, perda de apetite, diarreia e convulsões.
Os coronavírus canino e felino são transmitidos pelo contato com fezes contaminadas. Para evitar o contágio o ideal é a vacinação. 'A vacina é bem eficiente. Deve- se vacinar os animais e manter a higiene no ambiente que ele vive, assim como evitar contato com fezes de outros bichos', indica a veterinária Caroline Mouco.