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Duas teses em andamento na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) utilizam injeções de células-tronco em cães com lesões crônicas de coluna lombar e restrições de movimento. Os testes foram realizados em cães considerados “desenganados” pela medicina veterinária e alguns dos animais tratados já conseguiram apresentar melhoras.
Segundo informações da Agência USP, após a cirurgia, Bond, um cãozinho da raça lhasa apso, voltou a abanar o rabo e a apoiar as patas traseiras. Juquinha, da mesma raça que Bond, também apresentou resultadospositivos. Quando foi operado, em dezembro de 2010, Juquinha não conseguia ficar “em pé”, por causa da falta de sustentação de suas patinhas. Um mês após a cirurgia, ele já consegue andar na esteira aquática.
O veterinário Carlos Alberto Palmeira Sarmento, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, analisa os resultados do trabalho com os animais com bastante otimismo, apesar de saber que é necessário um trabalho de fisioterapia contínuo. “Acredito que com esta e outras pesquisas, os estudos envolvendo células-tronco possam apresentar resultados cada vez melhores”, afirma.
“Apesar de promissores, os resultados são fruto de pesquisas em animais e até se chegar a terapias válidas para seres humanos, ainda teremos um longo caminho pela frente. Por isso, não podem ser encarados como uma possível cura para humanos com lesões medulares”, pondera o veterinário Matheus Levi Tajra Feitosa, que também está trabalhando na pesquisa.
De acordo com os veterinários, um dos diferenciais do projeto é que a solução de células-tronco é injetada tanto no local exato da lesão da coluna como um pouco antes e um pouco depois do lugar lesionado. Após a cirurgia, os animais continuam fazendo fisioterapia cerca de três vezes por semana em sessões de aproximadamente 1h30, durante três meses, com a finalidade de estimular a musculatura.
Conheça o trabalho no vídeo abaixo.
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Nathalia Prates