Sobre a pele dos seres vivos existe uma população de bactérias. A presença equilibrada entre a população bacteriana benéfica e a patogênica não faz com que esse órgão, o maior do corpo, perca suas funções de barreira natural. Arranhões, irritações e outras lesões de pele, no entanto, podem torná-la mais susceptível a infecções.
Nos animais de estimação, como em cães e gatos, a coceira se torna um grande sofrimento e também aflige o dono do pet. Nestas espécies, os problemas de pele devem-se, entre outros fatores, a alergias variadas, piodermites e micoses. Os sinais clínicos mais comuns destes problemas dermatológicos são coceira, perda de pêlos e mal odor. Em alguns casos, o dono nem percebe que o animal tem algum sinal clínico. Nos casos mais severos, no entanto, chega a ser uma aflição ver o bichinho se coçando, mordendo a região afetada e se lambendo sem parar.
As causas das alergias e dos problemas de pele muitas vezes têm origem genética, dificultando a prevenção. É aconselhável, aos primeiros sintomas, procurar um médico veterinário para diagnosticar a causa do problema, para que a coceira não se agrave e o animal não chegue a machucar-se, ferindo a pele e, assim, permitindo a contaminação e a infecção do tecido.
Ainda que existam algumas raças mais predispostas, qualquer animal pode manifestar os sintomas e desenvolver problemas de pele. Hoje em dia, já existem exames eficazes, como raspados de pele, citologia e exames de sangue, que auxiliam o médico veterinário a um diagnóstico mais preciso para determinar as causas dos problemas dermatológicos. Além do tratamento, que pode envolver vacinas manipuladas e medicamentos para diminuir a inflamação e a coceira, é de extrema importância realizar a assepsia do ferimento ou lesão.
Apesar da dificuldade de evitar as causas do aparecimento dos problemas de pele, principalmente nos animais com predisposição, é importante tomar alguns cuidados, entre os quais limpar freqüentemente o local onde o pet costuma dormir, escovar diariamente a pelagem do animal e evitar que o pet ande ou permaneça sobre superfícies molhadas. Vale lembrar também que em condições normais, os donos de animais de estimação não precisam evitar o contato com o bicho de estimação, pois, na maioria das vezes, não estarão sob o risco de contágio.
Fonte: A Tribuna - Publicado neste site em 28/06/2011