Por Joilva Duarte, adestradora e franqueada da Cão Cidadão
Os cães, além de nossos companheiros inseparáveis, são ótimos terapeutas e podem ajudar no tratamento de várias doenças como depressão, estresse, cardíacas e problemas como autismo e hiperatividade. Até idosos com Alzheimer ou pessoas com cânceres entram na lista dos ajudados pelos nossos amigos de quatro patas.
De acordo com alguns estudos realizados, para as crianças os cães melhoram o sistema imunológico, estimulam a interação social e facilitam os processos de aprendizagem como leitura, memorização, concentração e sociabilização. Nos autistas, há uma melhora na capacidade de comunicação. Crianças e adolescentes com ansiedade também ficam mais calmos na presença de cães.
Já com os adultos, a companhia diminui possíveis casos de depressão, pois brincar com um cão aumenta os níveis de serotonina e de dopamina no corpo, o que acalma e relaxa. Além disso, um amigo peludo alivia a solidão, melhora o humor e aumenta a atividade física e, consequentemente, a perda de peso.
Pessoas com cães têm menos aumento da pressão arterial em situações de estresse, e o convívio com estes bichinhos diminui os níveis de triglicérides e de colesterol. Os cães são vistos como facilitadores sociais, ajudando a iniciar novas amizades, pois frequentemente os tutores param para conversar entre si nos passeios, aumentando assim o convívio social.
Ter um cão também pode ser importante quando envelhecemos, pois a companhia dele ajuda a impulsionar o sistema imunológico e a aumentar a energia, trazendo mais vitalidade aos mais vividos. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, os pacientes sofrem menos estresse quando convivem com um cão.
Desde 2009, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, tem liberado a entrada de animais de estimação, desde que autorizada pelo médico responsável, para o auxílio ao tratamento dos pacientes clínicos.
Segundo diversos estudos feitos pela Terapia Assistida por Animais, a inclusão de pets em ambientes de tratamentos chega até mesmo a encurtar a permanência de pessoas nos hospitais. Por isso existem algumas ONGs que trabalham levando um cãozinho para interagir com pacientes, basta o animal ser tranquilo, equilibrado e dócil.
Os benefícios existem e não há uma recomendação especifica de quem pode ser ajudado. Todos podem!
Se você tem um cão dócil e quer ajudar quem mais precisa, converse com o médico em questão e com um adestrador. O conforto virá não só para os enfermos, mas também para você, que fará um bem maior ao próximo.