Agressividade do cão em pauta
Valeriana Medrado Jornalista
Diferentes raças de cães têm temperamentos diferentes. Mas nem todos os comportamentos aparentemente originais de uma raça são realmente característicos dela, especificamente a agressividade. Um estudo recente indica que o comportamento do dono do cão pode ser a chave para prever se o animal será ou não agressivo. As informações são do site “The Dodo”.
A pesquisa aponta problemas em uma legislação que indevidamente discrimina determinadas raças com base na suposição de que elas são perigosas. De acordo com o estudo, o tipo de treinamento que o dono adota para seu animal, desempenha um papel maior na forma como o seu cão vai interagir com os humanos – estranhos e conhecidos – do que a raça. Os métodos de treinamento que utilizam reforço negativo aumentam as chances de agressão. Além disso, cães de pessoas com mais de 40 anos de idade se mostraram duas vezes menos propensos a ter problemas de agressão do que aqueles criados por pessoas com menos de 25 anos, segundo o estudo.
Os pesquisadores concluíram que treinar cães desde cedo – usando métodos de reforço positivo – pode diminuir a probabilidade de o animal se tornar agressivo, apesar do que rumores sobre algumas raças sugerem. Embora possa fazer sentido generalizar algumas tendências de comportamento canino, é errado supor que um cão vai ser agressivo, simplesmente pelo que diz seu pedigree.
A treinadora de cães Hetyene Borges concorda com o estudo. Para ela, o cão absorve o campo energético do proprietário, logo, se este é ansioso, nervoso, calmo demais, apático, o animal começará a manifestar também estes comportamentos. “Isso é comprovado por estudos de Rupert Sheldrake. Segundo o pesquisador, os laços de afetividade que temos com nossos cães, criam uma mistura de campos energéticos. Aspectos inconscientes do proprietário são percebidos pelo animal e manifestado por ele. Assim, se o dono muda de hábito o cão muda também”, afirma Hetyene Borges.