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Segundo a coordenadora da Saau, Iracema Prado Dumont, há quase um ano um casal foi até o canil da Saau para adotar um cachorro. Demonstrando ser pessoas de boa fé, um dos funcionários da ONG entregou a cachorra chamada Xuxa. Porém, na noite da última sexta-feira, uma pessoa ligou na casa de Iracema informando que um cachorro, no Jardim Irani, não conseguia andar e estava cheia de feridas. Quando chegou ao local, encontraram a cachorra Xuxa desnutrida, desidratada e com feridas graves. “A cachorra tinha vermes comendo a carne e sua pata estava no osso. Ela não tinha nem mais sangue no corpo”, disse. Mesmo em situação crítica, a coordenadora encaminhou o animal ao veterinário, mas o animal não resistiu e morreu. “Conversamos com os donos do animal e disseram que ela tinha desaparecido há uns três dias. Mas, segundo o veterinário, a Xuxa estava nessa situação há mais de 20 dias”, informou Iracema, que procurou a promotoria de justiça para denunciar o caso. A situação gerou revolta na população. Na página da Saau no site de relacionamentos Faceebook dezenas de pessoas mostraram a revolta com mensagens de apoio à cachorra e ao trabalho realizado por Dona Iracema – como é conhecida. Um grupo de umuaramenses até cogitaram atear fogo na casa do casal, que adotou a cachorra. “Agradeço a comoção de todos e a preocupação com os animais, mas temos que resolver essa situação na justiça”, ressaltou. Código Penal A pena para abuso ou maus tratos à animais domésticos ou silvestres, nativos ou exóticos, segundo a Lei 9.605, de 1998, é de três meses a um ano e multa. Caso a proposta dos juristas seja sancionada, a pessoa que praticar este crime pode ser condenada de um a quatro anos de prisão e multa. A pena para maus-tratos ou abuso ainda pode aumentar de um sexto a um terço caso haja mutilação ou lesão grave permanente no animal. Se o crime resultar em morte do animal, a pena máxima poderá chegar a seis anos, pois será aumentada pela metade. Fim da doação Recolhendo e cuidando dos animais, Iracema Prado Dumont argumenta que a situação não é a primeira, por isso não colocará mais animais adultos para adoção, apenas filhotes. “Já tivemos a situação de um cachorro em que uma pessoa ateou fogo. Porém, sempre encontramos animais entregues para doação, os quais estavam no canil sendo bem tratados, nas ruas em situação lastimável. Por isso não vamos mais doar animais adultos, só os filhotes”, informou.
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