Pesquisadores vão analisar 3 mil cães da raça golden retrievers para descobrir como prevenir o câncer
(Foto: Colorado State University, Josh Mesinger/AP)
A raça foi escolhida por ser considerada comum, já que é o quarto cão mais reconhecido pelo American Kennel Club (AKC), um dos maiores clubes de registro de genealogias de cachorro de sangue puro dos EUA.
Jay Mesinger, proprietário da fêmea Louie, de 2 anos, inscreveu seu cão após perder três exemplares desta raça para o câncer. “Todos eles tiveram uma vida longa, mas sofreram complicações relacionadas ao câncer”, afirmou o empresário.
Benefício aos seres humanos
Os pesquisadores buscam cães jovens devido à necessidade de obter mais detalhes sobre a breve vida deles. A expectativa é que os resultados do estudo sejam divulgados em menos de uma década. “Antes desse grupo de cães voluntários deixar este mundo, espero ter dados para tentar ajudá-los”, explica Nancy Mesa, veterinária do Hospital Animal Alpine. Um cão vive, em média, até 14 anos.
Os veterinários esperam que a pesquisa possa também beneficiar os seres humanos. Segundo os cientistas envolvidos, uma atenção especial será dada à relação do surgimento do diabetes com a obesidade precoce.
“Estudar um cão por dez anos é como se estudássemos um ser humano por 60 ou 70 anos (...) Há muitos exemplos de fatores de risco presentes em cães que também foram encontrados em pessoas”, explica Wayne Jensen, diretor da Fundação Animal Morris, que disponibilizou US$ 25 milhões para a realização da investigação científica.
Carinho e afeto canino
A pesquisa tentará ainda medir outros fatores ligados à vida de um cão, como por exemplo, o quanto a afeição de um proprietário pode afetar a saúde e a longevidade do animal.
Isto tentará ser comprovado por meio de perguntas relacionadas ao convívio do bicho de estimação, como o número de crianças que uma família possui ou quantos outros animais existem no mesmo local onde o cachorro vive.