O número de brasileiros donos de gatos tem crescido muito nos últimos anos - de acordo com pesquisa do Instituto Pet Brasil, entre 2013 e 2018, houve aumento de 8,1% da quantidade de gatos em domicílio, enquanto o de cães foi de apenas 3,8%. Essas pessoas devem ficar atentas à famosa Doença Renal Crônica , que atinge de 35% a 50% desses animais quando atingem a meia idade e a velhice .
Sede em excesso é um dos sintomas da Doença Renal Crônica em gatos
Conhecida pela sigla DRC, a doença é uma anormalidade estrutural ou funcional permanente dos rins do gato . Conforme sua evolução, ela vai causando perda de proteína pela urina, lesão dos néfrons (parte funcional do rim que produz urina) e até fibrose (insuficiência renal). Isso diminui a expectativa de vida do animal e faz com que a taxa de mortalidade seja de até 57%, segundo estudos.
“Há diversas causas para a DRC, como anormalidades congênitas, pielonefrite (inflamação causada por bactérias), doença imunomediada (o sistema imune ataca as células do próprio corpo), cálculos (pedras), hipercalcemia (nível de cálcio elevado no sangue), entre outras”, explica Karin Botteon, veterinária e especialista da Boehringer Ingelheim Saúde Animal. Assim, manter uma alimentação balanceada e adequada, além de garantir que o gato beba bastante água pode diminuir as chances de desenvolvimento da doença.
Os gatos que já possuem Doença Renal Crônica costumam urinar em excesso, ter muita sede, inapetência e apresentar perda de peso ou letargia. Em estágios mais avançados da doença, podem ocorrer sinais relacionados ao trato gastrointestinal, como vômitos, úlceras orais, halitose e constipação.
O diagnóstico é feito por um veterinário com base no histórico dado pelo dono, exames físico, de sangue e de urina. Para o tratamento utiliza-se medicações específicas que têm o objetivo de auxiliar na redução da progressão da DRC e ajudar a aumentar a expectativa de vida do gato doente. Quanto mais cedo a descoberta for feita, melhor para o animal.