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Ter cão de estimação pode gerar um rombo no orçamento


Animais de estimação fazem parte do sonho de consumo ou da realidade de um número crescente de brasileiros, tanto que esse setor já responde por 0,34% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), na frente de segmentos como geladeiras e produtos de beleza. Adquiri-los é a parte mais fácil do ponto de vista econômico, uma vez que o desembolso lida com um valor fixo ou a custo zero, pois não faltam entidades e eventos que promovem a doação de animais.

Mas antes de levá-los para casa, o importante é saber quanto do orçamento mensal será comprometido e, principalmente, não se deixar levar pela série de novidades do mercado, nos setores de alimentação, serviços, acessórios, produtos para higiene e medicamentos.

De acordo com o veterinário João Victor Alberti, proprietário da Dog Center Saúde e Estética Animal, o pacote básico de cuidados para um gato ou cachorro incluiu ração, vacinas, vermífugos, banho, tosa e consulta ao veterinário, cuja frequência varia conforme a fase de vida ou o estado de saúde do animal. “O restante pode ser considerado como frescura dentro da ótica de gastos fundamentais para o bem estar dos bichos”, comenta. “Um cobertor ou roupinha para o frio ou, ainda, um serviço de acupuntura em caso do animal sentir dor valem a pena, mas se o bicho não mostrar necessidade deixa de ser importante”, pondera.

Pelo acompanhamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), considerando o mínimo necessário citado pelo veterinário, os donos de gatos acabam levando vantagem em relação aos que optam por cachorros. O gasto com um gato fica em torno de R$ 84,19 por mês com produtos da linha mais econômica (standard), enquanto um cão chega a R$ 315 mensais, quando são raças de grande porte e R$ 133 no caso de um cachorro de pequeno porte. 

“Quanto maior o peso do animal, mais caro ficam itens como vacinas e até a cremação, que são calculadas por quilo. Aliás, os gatos levam vantagem na conta porque eles precisam de duas vacinas anuais, antirrábica e quádrupla felina, já os cachorros consomem quatro vacinas”, compara o veterinário.

No caso de se dar preferência pelos produtos de custo mais elevado (Premium), as despesas podem triplicar. A Abinpet também relaciona opções de animais de estimação ainda mais econômicas como aves, roedores e peixes (veja quadro).


Imprevistos

É importante ter em mente que com o envelhecimento dos animais a tendência é aumentar os gastos com consultas e procedimentos relacionados à saúde. Também é importante fazer uma reserva para eventualidades com serviços odontológicos. Para consertar um dente quebrado em um cachorro de grande porte, o dono pode ter que investir R$ 1,5 mil se precisar de anestesia. Novamente o peso interfere na dosagem e no preço.

Diárias com creches ou hotéis de animais também pode ser necessárias. Em Curitiba, o valor médio de uma diária fica na faixa de R$ 30. Normalmente as instituições solicitam ao dono a ração que o animal irá consumir, portanto, o tamanho nesse quesito não interfere no valor da diária.

Mercado

Segundo a Abinpet, atualmente são 106,2 milhões de animais de estimação no Brasil. Em faturamento (R$ 37,1 milhões) e em população de cães e gatos (21,3 milhões), o país ocupa o segundo lugar em importância para o mercado mundial de pets. São ainda 26,5 milhões de peixes, 19,1 milhões de aves e 2,17 milhões de outros animais (répteis e pequenos mamíferos).


Fonte: Paraná On-line - Publicado neste site em 07/01/2015
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