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Por três horas, o movimento espera reunir ao menos 500 pessoas e mostrar a realidade de animais que servem de cobaia em experiências, com vídeos, cartazes e demonstrações ao público presente.
O movimento acontece ao mesmo tempo em 47 cidades do Brasil e em quatro países do exterior, tem a intenção de sensibilizar universidades e laboratórios na Capital e no país que realizam testes em animais vivos, experiência conhecida como vivissecção (processo em que bichos saudáveis tem seus corpos abertos para estudo e pesquisa, geralmente sem anestesia alguma), além de repercutir a grande quantidade de casos de abandono e maus-tratos de animais em Campo Grande e a falta de um abrigo para acolher os bichos.<´p>
“São animais de pequenos e grande porte como ratos, coelhos, cachorros, entre outros, que são enjaulados e dissecados vivos. Muitas pessoas fecham os olhos a esta realidade, mas o animal não veio ao mundo para sofrer e servir de cobaia para salvar o ser humano. Os laboratórios testam principalmente produtos de beleza nestes bichos, para ver quanto tempo vai durar no sol, na chuva e outras crueldades”, diz a ativista e empresário Renata Costa.
Com o seu marido Leonardo Mello Gomez, 37 anos, eles percorrem o mundo defendendo a causa. “Há seis anos, quando apreciei uma imagem chocante de um homem matando um cachorro a pauladas na Nova Zelândia, decidi abraçar esta luta. Hoje faço parte de uma organização internacional e troco a minha vida pela de um animal”, afirma o empresário.
Com experiência de outros grupos no exterior, Leonardo conta que propôs para a Capital um grupo que investigue e trate os animais com moldes do que ele viu nos Estados Unidos. “É algo como o Law Enforcement, que seria como reforçar o que já é garantido em lei. Voluntários, como se fossem policiais poderiam registrar queixa e até encaminhar um cidadão para a delegacia, caso uma cena de abandono ou maus tratos fosse presenciada”, explica o empresário.
A idéia, de maneira formal, foi inclusive proposta ao titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini, em uma reunião na Governadoria, na última quarta-feira. “Ele nos recebeu muito bem e prometeu avaliar o nosso pedido. Mas precisamos de uma viatura a disposição e aguardamos agora a resposta”, conta o empresário.
Com relação ao Abrigo dos Bichos, que já funciona há quase onze anos, a fundadora do local, Maria Lúcia Metello, conta que ainda não possui um abrigo, assim como já existe em diversas capitais.
“É uma vergonha para Campo Grande não ter uma sede para abrigar os animais, nem que seja de maneira temporária. Somos nós, voluntários, que funcionamos como um ‘SUS Animal’. E já fiz pedidos ao governo, prefeitura, mas o serviço de utilidade pública acaba sendo feito por nós mesmos, que temos de recolher e cuidar e providenciar um lar para os bichos”, conclui a fundadora do Abrigo dos Bichos.
Fonte: Midiamax - Publicado neste site em 29/04/2012