Índice de Notícias
‘Inversamente proporcional’, essa pode ser a definição para a atual da situação da causa animal em Maceió. Da mesma forma que o número de protetores individuais e entidades em defesa dos bem estar animal vem crescendo, fatos cada vez mais cruéis de descaso com a vida animal vem sendo registrados.
No último dia 12 de maio (sábado), duas protetoras de animais e voluntárias do Grupo Vida Animal de Maceió (GVAM Maceió), Valéria Tenório e Cristiana Tavares, encontraram na Rua Santo Antonio, no bairro da Ponta Grossa, um cão poodle jogado na calçada agonizando e coberto por sangue.
Segundo a protetora Valéria, a situação do animal chamava a atenção de várias pessoas, mas ninguém parou para ajudá-lo. As duas se compadeceram da situação, e apesar já estarem em outro caso animal, resolveram ajudar o poodle e o recolheram até a Clínica Animas.com, contudo, na manhã desta quarta-feira (16) o animal não resistiu e morreu.
“Ele estava sentado na calçada, com a cabeça coberta de sangue, chega pingava. O focinho estava completamente desfigurado e ele ainda estava super magro”, disse Valéria. “Nós estávamos arrecadando dinheiro para a cirurgia de outra cadela que havia sido atropelada, mas a situação dele era muito mais grave e mais urgente e o levamos ao Dr. Paulo”, detalhou a protetora. “O cheiro de podre era insuportável, tivemos que pegar táxi, vários não quiseram nos levar por causa do odor”, disse. “Ele passou por uma cirurgia de urgência, pois o focinho estava totalmente necrosado com larvas vivas saindo. Foram cinco dias de tratamento intenso, mas hoje pela manhã o Dr. Paulo me ligou e falou que não tinha resistido”, lamentou Valéria.De acordo com a protetora animal, não foi possível atestar o que causou o sofrimento do animal, mas pelas circunstâncias que foi encontrado, se suspeita que ele tenha sido vítima de atropelamento.
Apesar de o animal não ter resistido, o Grupo precisa de ajuda para pagar as contas dos cinco dias de tratamento e para isso conta agora com a solidariedade das pessoas. Quem puder e quiser cooperar com a quitação da conta basta entrar em contato com as voluntárias pelo números (82) 8709-0733 ou (82) 8809-5901.
A venda do raticida, conhecido como 'chumbinho', em área urbana é proibida no Brasil e prevê multa de até R$ 19 mil para quem descumprir a Lei Federal de Agrotóxicos nº 7.802/89, que regulamenta o registro e utilização de todos os produtos de controle de pragas no País.
Para a presidente do Neafa, além de descumpri a Lei Federal, o ‘absurdo’ pode também ser classificado como crime de maus tratos e deve ser apurado.